Não há risco de acidente japonês se repetir no Brasil, diz Cnen

O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Odair Dias Gonçalves, disse em audiência pública da Comissão de Minas e Energia que o acidente nuclear registrado no Japão não é razão para mudar o Programa Nuclear Brasileiro. Ele chamou de "precipitada" a decisão da Alemanha de fechar usinas e vinculou a medida ao período eleitoral daquele país. O Programa Brasileiro de Energia Nuclear prevê a construção de mais quatro usinas.

Na audência, que discute os projetos de construção de usinas nucleares no Brasil e a situação das usinas que já estão em funcionamento (Angra 1 e 2), Gonçalves lembrou que o Brasil está sobre uma única placa tectônica e, por isso, um terremoto de nível 7 jamais ocorrerá no País.

Segundo ele, as usinas japonesas estariam preparadas para um terremoto de nível 8,4 e ondas de 10 metros, mas foram registradas ondas de 14 metros e um terremoto de 8,9 graus. Ele afirmou também que, mesmo diante de uma catástrofe, os prédios das usinas de Angra dos Reis são à prova de inundação.

Radiação


Odair Gonçalves falou também sobre os riscos da radiação. Ele explicou que o nível máximo permitido para o público em geral numa usina é de uma unidade de medida, enquanto uma simples tomografia já expõe uma pessoa a quatro unidades de medida.

Ele acrescentou ainda que o acidente japonês não deverá causar mortes ou câncer provocado por radiação, porque a exposição das pessoas não chegou a cem unidades. De acordo com o presidente da Cnen, somente a partir de 800 unidades de medida o dano ao homem seria certo, e acima de 4.500 a exposição seria com certeza letal.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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