Investimento de R$ 745,7 milhões para garantir água ao DF

Barragem do Lago Paranoá: corpo hídrico que abastecerá o DF

Diante da ameaça de colapso na oferta de água, os atuais sistemas de produção do Distrito Federal  necessitam do reforço de novos mananciais para o atendimento da demanda futura. Segundo estudo da Agência Nacional de Águas (ANA), dois grandes empreendimentos estão previstos para evitar o desabastecimento na capital federal: sistemas produtores Corumbá IV e Lago Paranoá, que, na primeira etapa, acrescentarão 4,9 m³/s à oferta hídrica da região e, na segunda, mais 3,3 m³/s, totalizando 8,2 m³/s. Esses dois empreendimentos exigem R$ 745,7 milhões em investimentos.

O estudo coordenado pela Agência Nacional das Águas  – Atlas  Brasil – Abastecimento Urbano de Água – revela que dos 5.565 municípios brasileiros, 55% poderão ter déficit no abastecimento de água. Dessa parcela, 84% necessitam de investimentos para adequar os sistemas produtores e 16% demandam novos mananciais. 

De acordo com a agência, 3.059 (55%) municípios, responsáveis por 73% da demanda por água do país, precisam de investimentos que somam R$ 222,2 bilhões. As obras nos mananciais e nos sistemas de produção são fundamentais para evitar déficit no fornecimento de água nas localidades indicadas, que em 2025 vão concentrar 139 milhões de habitantes, ou seja, 72% da população. Concluídas até 2015, as obras podem garantir o abastecimento até 2025. 

O Centro-Oeste é a região que exigirá menor investimento: R$ 1,7 bilhão. O Distrito Federal, que abrange 30 regiões administrativas, e Goiás concentram o maior volume de investimentos, totalizando R$ 1,5 bilhão (85% dos recursos de toda a região). No Centro-Oeste predominam os investimentos na ampliação de sistemas produtores, representando 57% dos recursos (R$ 976,3 milhões para 161 municípios). Desse universo, R$ 55,4 milhões destinam-se a novos poços para 76 sedes urbanas concentradas, em grande parte, nos eixos centro-sul e leste do Mato Grosso do Sul e em todo o interior de Goiás. Os demais R$ 920,9 milhões, associados a ampliações de sistemas abastecidos por mananciais superficiais, referem-se ao atendimento de 85 sedes localizadas, predominantemente, no norte de Mato Grosso e Goiás e na região metropolitana de Goiânia.

Exatos 42% dos investimentos do Centro-Oeste vinculam-se à adoção de novos mananciais (R$ 713,4 milhões para 44 cidades), com destaque para os novos mananciais previstos para o Distrito Federal, incluindo os aproveitamentos no lago Paranoá e na barragem de Corumbá IV.