Animais em circo



Reportagem divulgada neste domingo (27) pela Agência Brasil revela que artistas circenses querem o retorno de animais aos picadeiros. O tema é bastante polêmico e ganhou dimensão com o episódio do Le Cirque, no Distrito Federal. Na capital da República é proibida a presença de animais nos circos. O Ministério Público do DF e Territórios, que teve sua recomendação cumprida pelo governo local, segue uma tendência mundial e defendida pelos ambientalistas.

A reivindicação dos artistas circense esbarrará na resistência dos ambientalistas e de amplos setores do poder público. Os animais apreendidos no Le Cirque apresentavam mutilações gravíssimas. Hoje sob a guarda do Zoológico de Brasília, há animais com danos físicos irreversíveis.

Os artistas circenses argumentam que os animais são importantes para atrair público. Defendem a criação de normas para o adestramento das diferentes espécies, bem como a fixação de parâmetros dos espaços adequados ao conforto dos animais. 

O espaço adequado aos animais é a natureza. Uma pessoa se sentiria confortável dentro de uma cela com todo o conforto, mas privada da sua liberdade de ir e vir? Por que achar que os animais se sentiriam de bem confinados em espaços maiores, quando, antes, tinham a seu dispor as matas?
O Cirque du Soleil, considerado o mais famoso do mundo, atrai milhões de  pessoas aos seus espetáculos. E na há animais no picadeiro.

No mundo de Soleil prevalece a criatividade, figurinos exóticos, empenho pessoal de cada artista, coreografias originais e muitos outros efeitos. A soma de todos esses elementos confere ao Soleil uma plástica e uma originalidade singulares. Não precisam de animais na companhia.

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