Parentes confirmam em depoimento no júri que havia ameaça a extrativistas assassinados
Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Três testemunhas foram ouvidas hoje (3) no primeiro dia de julgamento dos três acusados de participação no assassinato do casal de trabalhadores rurais José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva. No total, 27 testemunhas prestarão depoimento no Tribunal do Júri, que está ocorrendo no Fórum de Marabá (PA), a cerca de 600 quilômetros de Belém, capital do estado.
A primeira testemunha ouvida foi José Maria Gomes Sampaio, cunhado de Maria. Em seguida, foi a vez da irmã de Maria, Laísa Sampaio, que voltou a afirmar que o casal recebia constantes ameaças de morte por denunciar a extração ilegal de madeira na região. Laísa, que continua vivendo no assentamento do Projeto Agroextrativista Praialta-Piranheira, uma reserva ambiental amazônica onde José Cláudio e Maria trabalhavam extraindo castanha, diz também ter recebido ameaças de morte.
O nome da terceira testemunha a depor ainda não foi confirmado pela assessoria do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA). Outras pessoas ainda vão ser ouvidas ao longo da tarde. Cláudio e Maria foram assassinados a tiros em maio de 2011, em um assentamento em Nova Ipixuna, no sudeste do Pará.
Segundo a assessoria do tribunal, vão ser ouvidas até o final do julgamento 14 testemunhas de acusação e 13 de defesa dos réus José Rodrigues Moreira, Lindonjonson Silva Rocha e Alberto Lopes do Nascimento. A expectativa é que o julgamento seja concluído amanhã (4). Cerca de 30 policiais militares foram designados para reforçar a segurança do fórum.
O julgamento está sendo acompanhado de perto por militantes de organizações sociais como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT), que montaram um acampamento em frente ao fórum, onde esperam reunir até 500 pessoas para cobrar punição aos acusados.
Uma delegação internacional da Fundação Right Livelihood, promotora do chamado Prêmio Nobel Alternativo (Right Livelihood Award) e representantes da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência de República, também estão na cidade. O assunto chegou a ser noticiado inclusive por alguns veículos de imprensa de outros países.
Apontado como mandante, José Rodrigues Moreira está sendo julgado por homicídio duplamente qualificado. Ele diz ser o dono das terras onde o assentamento Ipixuna foi montado. O irmão de Moreira, Lindonjonson Silva Rocha, e Alberto Lopes do Nascimento, respondem como executores. Segundo o Ministério Público estadual, o objetivo era retirar o assentamento da terra comprada por José Rodrigues.
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Três testemunhas foram ouvidas hoje (3) no primeiro dia de julgamento dos três acusados de participação no assassinato do casal de trabalhadores rurais José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva. No total, 27 testemunhas prestarão depoimento no Tribunal do Júri, que está ocorrendo no Fórum de Marabá (PA), a cerca de 600 quilômetros de Belém, capital do estado.
A primeira testemunha ouvida foi José Maria Gomes Sampaio, cunhado de Maria. Em seguida, foi a vez da irmã de Maria, Laísa Sampaio, que voltou a afirmar que o casal recebia constantes ameaças de morte por denunciar a extração ilegal de madeira na região. Laísa, que continua vivendo no assentamento do Projeto Agroextrativista Praialta-Piranheira, uma reserva ambiental amazônica onde José Cláudio e Maria trabalhavam extraindo castanha, diz também ter recebido ameaças de morte.
O nome da terceira testemunha a depor ainda não foi confirmado pela assessoria do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA). Outras pessoas ainda vão ser ouvidas ao longo da tarde. Cláudio e Maria foram assassinados a tiros em maio de 2011, em um assentamento em Nova Ipixuna, no sudeste do Pará.
Segundo a assessoria do tribunal, vão ser ouvidas até o final do julgamento 14 testemunhas de acusação e 13 de defesa dos réus José Rodrigues Moreira, Lindonjonson Silva Rocha e Alberto Lopes do Nascimento. A expectativa é que o julgamento seja concluído amanhã (4). Cerca de 30 policiais militares foram designados para reforçar a segurança do fórum.
O julgamento está sendo acompanhado de perto por militantes de organizações sociais como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT), que montaram um acampamento em frente ao fórum, onde esperam reunir até 500 pessoas para cobrar punição aos acusados.
Uma delegação internacional da Fundação Right Livelihood, promotora do chamado Prêmio Nobel Alternativo (Right Livelihood Award) e representantes da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência de República, também estão na cidade. O assunto chegou a ser noticiado inclusive por alguns veículos de imprensa de outros países.
Apontado como mandante, José Rodrigues Moreira está sendo julgado por homicídio duplamente qualificado. Ele diz ser o dono das terras onde o assentamento Ipixuna foi montado. O irmão de Moreira, Lindonjonson Silva Rocha, e Alberto Lopes do Nascimento, respondem como executores. Segundo o Ministério Público estadual, o objetivo era retirar o assentamento da terra comprada por José Rodrigues.
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