Hidrelétrica de Belo Monte em debate na UnB



Antropólogos, lideranças Indígenas e autoridades discutem polêmica hidrelétrica de Belo Monte


A Associação Brasileira de Antropologia e a Universidade de Brasília, em parceria com o Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC) e a Fundação Darcy Ribeiro, realizarão o seminário “A Hidrelétrica de Belo Monte e a Questão Indígena”, no dia 7 de fevereiro de 2011, no auditório da reitoria da UnB. O evento reunirá especialistas, lideranças indígenas, movimentos sociais e autoridades para discutir os impactos e o processo de licenciamento de Belo Monte.

Planejada para ser instalada em uma das áreas de maior diversidade cultural e biológica do país, a hidrelétrica de Belo Monte, além de inundar uma área de mais de 600 km2, promoverá até 80% de redução da vazão de um trecho de mais de 100 km do rio, denominado Volta Grande do Rio Xingu, atrairá uma população estimada em 100 mil pessoas e causará o deslocamento compulsório de cerca de 40 mil. Nesta área, residem os Arara, os Juruna, os Xikrin e milhares de famílias ribeirinhas, indígenas e não-indígenas. Ainda no Médio Xingu e seus tributários, residem os Parakanã, os Asurini, os Kararaô, os Araweté, os Arara, os Xipaia e Kuruaia e centenas de famílias que habitam as Unidades de Conservação que conformam o corredor ecológico do Xingu (Resexs, APA, FLONA, ESEC, PARNA). Mais próximos das cabeceiras do rio, estão os Kayapó do Sul do Pará, os Metuktire, os diversos Povos do Parque Indígena do Xingu e grupos indígenas voluntariamente isolados, que transitam na fronteira dos Estados do Pará e Mato Grosso.

O Seminário discutirá a magnitude dos impactos da hidroelétrica e seu questionável processo de licenciamento, que repercutem diretamente sobre os direitos e o modo de vida tanto de Povos Indígenas que imemorialmente vivem nesta região, quanto de Povos Tradicionais – camponeses, pescadores e extrativistas – e de outros grupos locais que dependem simbólica, social e economicamente da floresta, do rio e de seus igarapés.

Estarão reunidos, entre outros, representantes dos Povos Indígenas (Cacique Raoni Metuktire, Megaron Txukarramãe, Yabuti Txukarramãe e Josinei Arara), dos movimentos sociais (Antônia Melo da Silva) e do Ministério Público Federal (a subprocuradora geral da República, Deborah Duprat), além dos antropólogos João Pacheco de Oliveira Filho (Museu Nacional), Gustavo Lins Ribeiro (UnB), Bela Feldman-Bianco (Unicamp), Sonia Magalhães (UFPA) e Andréa Zhouri (UFMG) para juntos debaterem matéria que tanto interessa à opinião pública nacional e internacional. Também foram convidados a ministra do Meio Ambiente e os presidentes da FUNAI e do IBAMA.


Megaron e Raoni, grandes líderes do Parque Indígena
do Xingu, área afetada pela hidrelétrica de Belo Monte
 A hidrelétrica de Belo Monte e a questão indígena

PROGRAMAÇÃO

7 DE FEVEREIRO DE 2011

Abertura – 9h
Reitor da UnB, Presidente da ABA, Diretor do Instituto de Ciências Sociais da UnB
Local: Auditório da Reitoria da Universidade de Brasília

Sessão 1 – 9h30 às 12h30
Perspectivas sobre Belo Monte: indígena, dos movimentos sociais e de especialistas
Coordenador: Prof. Stephen Baines (UnB)
Expositores:
Raoni Metuktire
Megaron Txukarramãe,
Ozimar Juruna
Josinei Arara
Antonia Mello (Movimento Xingu Vivo)
Profa. Sônia Barbosa Magalhães – (ABA-UFPA)
Debatedor: Prof. João Pacheco de Oliveira Filho – (ABA-UFRJ)

12h30 às 14h30 horas – intervalo

Sessão 2 – 14h30 às 17h30 horas
Problemas e dilemas de um grande projeto amazônico em debate.
Coordenadora: Profa. Bela Feldman-Bianco (ABA)
Expositores: Profa. Andréa Zhouri – (ABA-UFMG)
Dra. Deborah Duprat – Subprocuradora Geral da República
Prof. Sérgio Sauer - UnB
Ministra do Meio Ambiente
Presidente do IBAMA
Presidente da FUNAI
Presidente da Subcomissão da Usina de Belo Monte do Senado Federal/CMABMONTE.
Debatedor: Prof. Gustavo Lins Ribeiro (UnB)

Comentários

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