Brasil estuda cobrar por emissão de CO2


Na esteira do programa econômico do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o governo brasileiro começou a preparar um modelo de tributação para créditos de carbono. O marco regulatório em estudo pode resultar na criação de um tributo direto sobre as emissões de dióxido de carbono (CO²).

O debate ganhou celeridade depois que Obama, ao apresentar o orçamento de 2009, propôs levantar US$ 646 bilhões até 2020 com novas leis relacionadas às mudanças climáticas. Ganha força a tese de que essa nova tributação pode abrir uma janela de oportunidade de investimentos e gerar emprego e renda em meio a um ambiente de recuperação econômica pós-crise. Além, é claro, de preservar o meio ambiente.

O Brasil quer avançar na discussão desse tema até a próxima reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas, em Copenhague, no início de dezembro. O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, informou ao Estado que a área econômica começou os estudos para escolher o modelo brasileiro. É o assunto da hora no mundo, diz ele. "É o tributo do século 21. A discussão envolve muito mais que preservação do meio ambiente. É uma questão econômica", afirma.

Cúpula Mundial sobre o Clima - A ministra dinamarquesa do Clima, Connie Hedegaard, admitiu na sexta-feira (3) na Groenlândia que não existe um plano B caso a cúpula mundial sobre o clima que a ONU organiza para dezembro em Copenhague termine em fracasso.

"É claro que não trabalhamos com um plano B. Devemos alcançar um acordo em Copenhague", declarou a ministra, após uma reunião ministerial com 29 países de todos os continentes para impulsionar as negociações - que estão "lentas demais", afirmou.

Fechar um acordo "consistente" representa "um desafio político, e não técnico", destacou Hedegaard, que elogiou o "espírito de vontade e compromisso muito forte dos participantes de se envolver política e pessoalmente para garantir o êxito da cúpula de Copenhague".

"É possível conseguir um acordo ambicioso em Copenhague, mesmo que haja muitos obstáculos pelo caminho, alguns deles enormes", como a questão do apoio financeiro dos países ricos aos países pobres, afirmou

Fontes: Boletim Vidágua, O Estado de S.Paulo e Yahoo

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