Biodiversidade de MS inspira criação de fábulas
Campo Grande - Uma rã que vive à beira do Rio Apa, um lagarto pantaneiro, um vaga-lume que perambula pelo cerrado e uma coruja campo-grandense. Esses são os personagens criados pela advogada e escritora Vera Tylde em seu primeiro livro de ficção, intitulado “Fábulas sul-mato-grossenses”, com patrocínio do Fundo de Investimentos Culturais do Governo do Estado (FIC) e apoio do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul.
Anteriormente, Vera publicou o livro “Turismo rumo ao Oeste” e “Decolando daqui – história da aviação civil de Mato Grosso do Sul”, este em parceria com Heitor Freire. Na nova empreitada, a intenção é atender, num primeiro instante, o público infantojuvenil, mas a leitura dos textos pode atingir os adultos. “A fábula é algo antigo na história da literatura, vem bem antes de Jesus Cristo. Nesse tipo de produção há o diálogo entre humanos e animais e sempre apresenta uma lição de moral. Há uma mensagem subliminar, além da própria narrativa, sempre marcada pela aventura”, explica a autora.
No total, quatro fábulas foram criadas por Vera – Pensamento pula?”, “Quixote sem mancha”, “O exército dos vagalumes” e “A coruja internauta” – todas tendo como destaque a biodiversidade encontrada em Mato Grosso do Sul.
Experiências
A inspiração das criações surgiu de algumas experiências da autora. “Todo escritor se coloca um pouco em todas as histórias que escreve”, destaca. Cita como exemplo a primeira fábula do livro que ganhou forma a partir de um acontecimento familiar. “Quando minha sobrinha era pequena – hoje ela é arquiteta e estilista – vinha do Rio de Janeiro passar férias em Mato Grosso do Sul. Numa dessas viagens, ela encontrou no banheiro da casa dos avós uma rã; ficou muito assustada, nunca tinha visto antes.
Para tornar tudo mais tranquilo, inventei uma história: a rã tinha nome e era uma antiga moradora da casa. A partir daí, minha sobrinha queria ouvir mais histórias de Maria Rosa, o nome da rã”. No livro, Maria Rosa precisa conviver com uma família que constrói uma casa na beira do rio e passar por um período de reafirmação de identidade.
Vera diz que todos os textos possuem aspectos “terapêuticos”.No segundo conto, destacando um lagarto que nasceu em Corumbá, o aspecto enfocado é o da superação. “O personagem sofre preconceito por não ser um lagarto como os outros, não muda de cor. Ele sofre muito, mas ao longo da narrativa mostra que a superação pessoal é possível, sendo um representante na ONU”. Ainda aparecem no livro a trajetória do vaga-lume que assume a liderança de grupo de insetos e participa de um congresso na Amazônia e de uma coruja que aprende a ler e escrever e passa a utilizar a internet para superar seus problemas.
Na avaliação da autora, os textos podem ter várias leituras e podem ser utilizados em escolas. Na publicação ainda aparecem ilustrações e fotografias. O livro pode ser adquirido no Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul – Avenida Calógeras 3.000 (telefone 3384-1654).
Fonte: Correio do Povo | Jornalista Oscar Rocha
Anteriormente, Vera publicou o livro “Turismo rumo ao Oeste” e “Decolando daqui – história da aviação civil de Mato Grosso do Sul”, este em parceria com Heitor Freire. Na nova empreitada, a intenção é atender, num primeiro instante, o público infantojuvenil, mas a leitura dos textos pode atingir os adultos. “A fábula é algo antigo na história da literatura, vem bem antes de Jesus Cristo. Nesse tipo de produção há o diálogo entre humanos e animais e sempre apresenta uma lição de moral. Há uma mensagem subliminar, além da própria narrativa, sempre marcada pela aventura”, explica a autora.
No total, quatro fábulas foram criadas por Vera – Pensamento pula?”, “Quixote sem mancha”, “O exército dos vagalumes” e “A coruja internauta” – todas tendo como destaque a biodiversidade encontrada em Mato Grosso do Sul.
Experiências
A inspiração das criações surgiu de algumas experiências da autora. “Todo escritor se coloca um pouco em todas as histórias que escreve”, destaca. Cita como exemplo a primeira fábula do livro que ganhou forma a partir de um acontecimento familiar. “Quando minha sobrinha era pequena – hoje ela é arquiteta e estilista – vinha do Rio de Janeiro passar férias em Mato Grosso do Sul. Numa dessas viagens, ela encontrou no banheiro da casa dos avós uma rã; ficou muito assustada, nunca tinha visto antes.
Para tornar tudo mais tranquilo, inventei uma história: a rã tinha nome e era uma antiga moradora da casa. A partir daí, minha sobrinha queria ouvir mais histórias de Maria Rosa, o nome da rã”. No livro, Maria Rosa precisa conviver com uma família que constrói uma casa na beira do rio e passar por um período de reafirmação de identidade.
Vera diz que todos os textos possuem aspectos “terapêuticos”.No segundo conto, destacando um lagarto que nasceu em Corumbá, o aspecto enfocado é o da superação. “O personagem sofre preconceito por não ser um lagarto como os outros, não muda de cor. Ele sofre muito, mas ao longo da narrativa mostra que a superação pessoal é possível, sendo um representante na ONU”. Ainda aparecem no livro a trajetória do vaga-lume que assume a liderança de grupo de insetos e participa de um congresso na Amazônia e de uma coruja que aprende a ler e escrever e passa a utilizar a internet para superar seus problemas.
Na avaliação da autora, os textos podem ter várias leituras e podem ser utilizados em escolas. Na publicação ainda aparecem ilustrações e fotografias. O livro pode ser adquirido no Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul – Avenida Calógeras 3.000 (telefone 3384-1654).
Fonte: Correio do Povo | Jornalista Oscar Rocha
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