Cerrado, novo espaço para o mercado de flores

Por SEPDAG - SFA/MS


Tão coloridas quanto às frutas nativas do cerrado sul-mato-grossense, são as flores tropicais cultivadas pelo produtor Mario Marques Filho, no município de Jaraguari,MS, a 46 km de Campo Grande. Há mais de dez anos na atividade, plantando, pesquisando e comercializando sua própria produção, avalia que os resultados mais recentes o impulsionaram para a auto-sustentabilidade, em função da viabilidade do projeto na região.

“O produtor tem recebido apoio de várias Instituições interessadas no projeto, em função dos estudos de viabilidade técnica conduzidos pelo Sebrae,MS, há dois anos, mediante a disponibilização de recursos financeiros através de um convênio firmado em 2006, com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Humberto Pregelli, Fiscal Federal Agropecuário da SFA,MS foi nomeado gerente do convênio e vem acompanhando de perto a evolução da atividade no Estado.
Mario Marques concentrou a produção de flores tropicais em uma área de apenas dois hectares onde, segundo ele, é possível colher em média 10 mil flores por mês. Nos próximos meses mais dez mil palmeiras estarão sendo levadas a campo, aumentando a área de cultivo. Dos 25 hectares de sua propriedade, 23 estão sendo utilizados com pastagens para criação de gado da raça Brangus. “O meu objetivo é reduzir o gado para 30 matrizes e investir ainda mais em flores, tenho tido mais resultado com as flores do que com o gado de elite”, explica.

Há mais de uma década a propriedade cultiva bromélias, palmeiras, e mais recentemente vem investindo na produção de helicônias e strelitizias, as mais solicitadas pelo mercado. A falta de linhas de crédito específicas, tecnologia e informações básicas sobre manejo dessas espécies quase o fizeram desistir, mas hoje, recuperado os investimentos feitos, recomenda com total segurança: “A produção de flores tropicais no Mato Grosso do Sul é extremamente viável para pequenas propriedades da agricultura familiar e é rentável para quem tem pouca terra”, avalia.

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